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Esquistossomose: sintomas e prevenção

Se nunca ouviu sobre esquistossomose, talvez conheça a doença por outros nomes. Os mais comuns são: xistose, doença do caramujo ou barriga d’água.

Trata-se de uma verminose causada pelo parasita Schistossoma Mansoni.

Na minha experiência, vi casos simples e também graves. Um deles me marcou bastante. 

Uma jovem do interior entrou em meu consultório na cadeira de rodas.

Ela já havia feito vários exames de sangue e fezes. Todos os resultados eram normais. 

Ao conversar com ela e examinar, desconfiei de esquistossomose.

Uma vez que, ela relatou ter tido contato com água em uma região próxima a Belo Horizonte, conhecida por ser foco da doença.

Então, fiz a biópsia do reto. Um exame simples feito em consultório, sem anestesia nem dor.  

O exame confirmou a doença, ao mostrar ovos do parasita na parede do intestino. 

Em suma, os nervos da coluna foram inflamados pelo schistosoma. Então, ela parou de andar.

Finalmente, com o tratamento correto, a jovem voltou a vida normal.

Meses depois, a paciente retornou ao meu consultório e veio andando em minha direção.

Ao me ver, ela disse:  Vim te dar um abraço !

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Fases e sintomas

A esquistossomose pode se apresentar em duas fases, aguda e crônica.

Na fase aguda, os sintomas são coceira, dermatite, febre, falta de apetite, tosse, diarreia, enjoos, vômitos e emagrecimento.

Já na fase crônica, geralmente, a doença evolui para quadros graves como: aumento do fígado e do baço, cirrose, hemorragias e a famosa barriga d’água. 

Além disso, podem surgir problemas neurológicos como dificuldade em urinar, dormência nas pernas e pés e até paralisia.

Eventualmente, casos gravíssimos podem levar à morte. 

Ao passo que os vermes circulam pelo sangue, geram problemas no fígado e baço. Como consequência, as veias são obstruídas, se dilatam e se tornam varizes. Quando rompem, causam hemorragia e morte.  

Diagnóstico

Embora seja uma doença comum em Minas e no Nordeste, muitas vezes, passa despercebida.

O diagnóstico não é fácil. Ainda mais, porque a doença é pouco lembrada. Para piorar, o exame de fezes nem sempre mostra o parasita. 

Assim, o médico precisa perguntar sobre os hábitos de vida do paciente. Tais como, onde vive, qual seu lazer e possíveis contatos com regiões suspeitas.

Depois, o coloproctologista realiza a biópsia do reto para checar se há indícios do parasita.

Como ocorre a transmissão?

A esquistossomose tem relação com a falta de saneamento básico.

Nos locais sem tratamento de esgoto, as pessoas defecam perto de córregos, rios, represas e lagoas. 

Junto com as fezes, são eliminados os ovos do schistosoma. Os cistos liberam larvas que penetram os caramujos.

Por volta do meio-dia, o calor faz os cistos se romperem, liberando larvas que entram na pele e causam coceira.

Dessa forma, as larvas entram no organismo, dando continuidade ao ciclo.

Dicas da Dra. Hilma

Dra Hilma

Lembre-se, diferentemente dos parasitas que entram pela boca, esse  entra pela pele.

Inclusive, há lagoas no nordeste apelidadas de “lagoas da coceira” de tanto schistossoma

Em conclusão, não ande descalço nas beiradas de lagoas ou nade em locais desconhecidos. 

Por fim, em caso de suspeita procure um coloproctologista, que é o especialista  capacitado para o exame do reto com biópsia, que dará o diagnóstico.

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MÉDICA COLOPROCTOLOGISTA, COORDENADORA DO HOSPITAL MADRE TERESA E MEMBRO DO COMITÊ DE COLOPROCTOLOGIA DA UNIMED-BH. 

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Bom Carnaval!

Dra Hilma Nogueira da Gama
– Coloproctologista-