A palavra “cisto” assusta muitas pessoas, pois é comum ser associada a problemas mais sérios, como o câncer. O cisto pilonidal, por exemplo, causa ainda mais confusão, por ser tão pouco conhecido — mas seu significado, “ninho de pelos”, diz muito sobre ele.

O cisto pilonidal é causado por pelos inflamados, sabia? O pelo, então, cresce para dentro da pele em vez de para fora, gerando essa doença, que se caracteriza por uma bolsa com líquido inflamado ao redor do pelo. Em alguns casos, apresenta infecção com acúmulo de pus, originando um abscesso pilonidal.

Como o cisto pilonidal surge e em qual momento da vida?

É comum em jovens e adultos homens e mulheres, geralmente em pessoas que têm muitos pelos no corpo  — acomete mais ainda os homens entre 15 e 30 anos de idade. Normalmente, aparece próximo ao ânus, sendo esse o local mais frequente, mas também pode surgir nas axilas, na cabeça (couro cabeludo) e no umbigo.

Quais são as causas? E os sintomas?

Bem, as causas ainda não são definidas, mas sabe-se que a lesão é gerada por pelos soltos (sem ligação às estruturas onde nascem os pelos, os folículos pilosos) que, devido ao atrito, pressão ou calor, alojam-se na camada subcutânea. Dessa maneira, há uma reação inflamatória e, por consequência, o aparecimento dos cistos.

Outra realidade é que alterações hormonais e nas glândulas sebáceas favorecem a foliculite (infecção dos folículos pilosos), originando sintomas extremamente desagradáveis, como dor, odor desagradável e incômodo frequente.

Dessa maneira, os pelos encravados, comum em pessoas com pelos grossos e encaracolados, se curvam e crescem para dentro da pele, porque não conseguem atravessar as camadas superficiais.

Quais são os tratamentos do cisto pilonidal? Como posso evitá-lo?

Sabe-se que o fator de risco para desenvolvimento da doença é o excesso de pelo. Lembrando que permanecer por muito tempo sentado ou pressionar a região também contribui para a formação desses cistos.

Geralmente, a bactéria responsável pela infecção é o Staphylococcus aureus, por isso, o tratamento pode ser feito com o uso de antibióticos. Em casos mais graves, é realizada a drenagem cirúrgica. Os médicos recomendam a depilação da região, principalmente para os pacientes com excesso de pelo.

Dicas da Dra. Hilma

O cisto pilonidal geralmente vem em crises que duram alguns dias, mas passam com o tratamento. A cirurgia é raramente necessária, porém as orientações médicas precisam ser devidamente seguidas para que a doença não chegue a esse ponto. Lembrando que as cirurgias nem sempre têm bom resultado  — o cisto volta ou demora a cicatrizar; é comum ver pessoas que foram operadas mais de três vezes.

O médico, ao examiná-lo, determinará o melhor tratamento para o seu caso. De qualquer maneira, a depilação é sempre recomendada para evitar o excesso de pelo. O seu médico orientará a melhor prática para você — atualmente, existem vários tipos e técnicas de depilação mais tolerável.

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